domingo, 23 de junho de 2013

Embriologia - parte II

Segmentação
As divisões que ocorrem durante a segmentação denominam-se clivagens, e as células que se formam são chamadas blastômeros.
No Reino Animal, a diferença na quantidade e na distribuição do vitelo no ovo determina diferenças na segmentação, menor a velocidade de divisão. Em função disso, podemos considerar dois tipos básicos de segmentação:
  • holoblástica ou total que ocorre no zigoto todo;


  • meroblástica ou parcial, que ocorre só em parte do ovo.



Segmentação holoblástica

A segmentação holoblástica ocorre nos alécitos, nos isolécitos (ou oligolécitos) e nos heterolécitos, e pode ser subdividida em três tipos, com base no tamanho das células que se formam a partir da terceira clivagem (quando muda o plano de divisão celular):
  • holoblástica igual, na qual se formam, com a terceira clivagem, oito blastômeros iguais; ocorre nos ovos alécitos e em alguns oligolécitos;


  • holoblástica desigual, na qual se formam, com a terceira clivagem, blastômeros de tamanhos diferentes (quatro menores: micrômeros; e quatro maiores: macrômeros); Ocorre em todos os ovos heterolécitos e em alguns oligolécitos;


  • holoblásticas subigual, um tipo de segmentação desigual em que os blastômeros não diferem muito entre si quanto ao tamanho, ocorre em alguns ovos isolécitos.





Segmentação meroblástica

Devido à diferença na distribuição do vitelo, existem dois tipos básicos de segmentação meroblástica: a discoidal e a superficial.
Na segmentação meroblástica discoidal, as divisões ocorrem apenas na região da cicatrícula (região da célula sem vitelo), formando-se um disco de células sobre a massa do vitelo. Esse tipo de segmentação ocorre nos ovos telolécitos.



A segmentação meroblástica superficial ocorre nos ovos centrolécitos. As células embrionárias ficam dispostas na superfície do ovo.


Fases da segmentação
Embora existam diferentes tipos de segmentação, eles normalmente se realizam segundo duas fases:
  • mórula, em que se forma um maciço celular com poucas células;
  • blástula, em que é aumentado o número de células e se forma uma cavidade interna cheia de líquido.




A cavidade central que se observa na blástula recebe o nome de blastocele (cele = cavidade) e é cheia de líquido sintetizado pelas células que formam os seus limites.
Nos ovos isolécitos e nos heterolécitos a blastocele é bem desenvolvida.
Na blástula originada da segmentação de ovos telolécitos, não se observa a verdadeira blastocele (cele = cavidade) e é cheia de líquido sintetizado pelas células que formam os seus limites.
Nos ovos isolécitos e nos heterolécitos a blastocele é bem desenvolvida.
Na blástula originada da segmentação de ovos telolécitos, não se observa a verdadeira blastocele, pois a cavidade formada não é inteiramente delimitada pelos blastômeros. Essa cavidade é delimitada em parte pelos blastômeros e em parte pelo vitelo. Nesse caso, a cavidade formada recebe o nome de cavidade subgerminal, que também é preenchida por líquido sintetizado pelas células. A blástula que se forma a partir da segmentação dos ovos telolécitos recebe o nome de discoblástula.




Gastrulação
Para falarmos da gastrulação, vamos tomar como exemplo o que ocorre em animais cordados, representados pelo anfioxo e pelas rãs.
Os cordados são animais que possuem notocorda, um bastonete flexível que fica no dorso do embrião. A notocorda persiste no adulto de alguns animais cordados, como é o caso do anfioxo. Nos animais vertebrados, excluindo alguns peixes, a notocorda regride totalmente ou quase totalmente e a coluna vertebral se desenvolve a partir da mesoderma.

anfioxo é um animal de cerca de 6 cm de comprimento que vive enterrado na areia em águas rasas do ambiente marinho, deixando para fora apenas a região anterior do corpo. Esses animais têm sexos separados e a fecundação é externa.
ovo do anfioxo é oligolécito e a sua segmentação é total subigual. A gastrulação ocorre por um processo denominado invaginação dos blastômeros para o interior da blastocele, como se um dedo empurrasse a parede de uma bexiga. A blastocele se reduz e chega a desaparecer. No ponto de invaginação surge um orifício denominado blastóporo; a cavidade interna que se forma é o intestino primitivo ou arquêntero.

Na gastrulação, diferenciam-se os folhetos germinativos ou embrionários, que darão origem a todos os tecidos e órgãos. Esses folhetos são: ectoderma (o mais externo), mesoderma (o intermediário) eendoderma (o mais interno).


Os animais que possuem três folhetos germinativos são chamados triblásticos ou triploblásticos, como é o caso dos cordados. Existem entretanto, animais que possuem apenas dois folhetos germinativos: o ectoderma e o endoderma. Esses animais são chamados diblásticosou diploblásticos, como e o caso dos cnidários.
O esquema acima descreve de forma simplificada a gastrulação em anfioxo. Neste caso, a camada interna que reveste diretamente o arquêntero é chamada mesentoderma e dará origem, logo a seguir ao mesoderma e ao endoderma. (Há quem considere o mesentoderma como endoderma e o mesoderma formado a partir do endoderma.)

Nas rãs a fecundação é externa, os óvulos são heterolécitos e a segmentação é total desigual. Os óvulos possuem um envoltório gelatinoso que desseca em contato com o ar. Assim, todo o desenvolvimento embrionário ocorre na água. Forma-se uma larva aquática, o girino que sofre metamorfose, originando o adulto. Fala-se, nesses casos, em desenvolvimento indireto, pois há uma fase larval. Quando a fase larval não está presente, fala-se em desenvolvimento direto.

A gastrulação das rãs ocorre por invaginação e também por epibolia. Por invaginação forma-se uma fenda: o blastóporo. Por epibolia os micrômeros passam a se dividir rapidamente e acabam por recobrir os macrômeros. Os micrômeros insinuam-se primeiramente pelo lábio ventral. O blastóporo adquire o aspecto de um círculo. Os micrômeros insinuam-se para dentro da blastocele, delimitando o arquêntero. Ocorre também a diferenciação dos três folhetos germinativos: o ectoderma, o mesoderma e o endoderma.

Assim, na gastrulação das rãs, além de o embrião aumentar de volume, três outras características são fundamentais:
  • formação dos folhetos embrionários ou germinativos, que darão origem a todos os tecidos e órgãos;
  • formação do arquêntero ou intestino primitivo;
  • formação do blastóporo, orifício de comunicação do arquêntero com o exterior.






Embriologia

Tipos de Ovos
Os óvulos dos animais são geralmente células grandes e imóveis, que contém em seu interior reserva de nutrientes para o desenvolvimento do embrião. Esses nutrientes compõem o vitelo. A quantidade e a localização do vitelo são variáveis nos diferentes óvulos. Essas duas características permitem-nos classificá-los em vários tipos:

oligolécito (oligo = pouco; lecito = vitelo), homolécito ou isolécito (homo ou iso = igual) — possui pouco vitelo homogeneamente distribuídos e sua segmentação é total ou holoblástica (holo = todo;blasto = germe) e igual, pois origina uma mórula com blastômeros de tamanhos aproximadamente iguais; é o ovo dos protocordados (anfíoxo e ascídia) e de muitos invertebrados marinhos, como esponjas, corais eestrelas-do-mar.

Representação de ovulo oligolécito / alécito

alécito (a = sem) – semelhantemente aos oligolécitos, mas praticamente sem vitelo. Muitas vezes são classificados como oligolécitos ou isolécitos. Sua segmentação é total ou holoblástica (holo = todo;blasto = germe) e igual, pois origina uma mórula com blastômeros de tamanhos aproximadamente iguais.
heterolécito (hetero = diferente) - apresenta quantidade de vitelo intermediária entre a dos ovos oligolécitos e telolécitos (daí os outros nomes: mesolécito ou mediolécito) e concentrada mais no pólo vegetal ou vegetativo que no pólo animal (região superior); a segmentação é total e desigual, pois, por ter menos vitelo, o pólo animal divide-se mais rapidamente e produz células menores e mais numerosas que as produzidas no outro pólo; é o ovo de anfíbios, de vários peixes e de alguns invertebrados (maioria dos moluscos, poliquetas e platelmintos).
Segmentação total e igual de um ovo oligolécito (anfioxo)
Segmentação total e desigual de um ovo heterolécito (anfíbio)

telolécito (telo = pontaou megalécito (mega = grande) - o núcleo e o citoplasma formam uma pequena gota sobre uma quantidade enorme de vitelo (também chamado de gema, neste caso); a segmentação é meroblástica (mero = parte) ou parcial e discoidal – pois ocorre apenas no pólo animal e forma um pequeno disco de células (cicatrícula), encravado na gema; é o ovo de répteis, aves, vários peixes e de alguns moluscos e mamíferos ovíparos (ornitorrinco e equidna).
 
centrolécito - o vitelo ocupa a região central da célula e não se divide; o núcleo divide-se várias vezes no interior do vitelo e migra para a periferia, seguindo-se a divisão do citoplasma; a segmentação é meroblástica e superficial; é o ovo da maioria dos artrópodes (insetos e outros).

segunda-feira, 10 de junho de 2013

BRIÓFITAS

Briófitas - Plantas sem vasos condutores

Essa divisão compreende vegetais terrestres com morfologia bastante simples, conhecidos popularmente como "musgos" ou "hepáticas".
São organismos eucariontes, pluricelulares, onde apenas os elementos reprodutivos são unicelulares, enquadrando-se no Reino Plantae, como todos os demais grupos de plantas terrestres.

Ocorrência
As briófitas são características de ambientes terrestre úmidos, embora algumas apresentem adaptações que permitem a ocupação dos mais variados tipos de ambientes, resistindo tanto à imersão, em ambientes totalmente aquáticos, como a desidratação quando atuam comosucessores primários na colonização, por exemplo, de rochas nuas ou mesmo ao congelamento em regiões polares. Apresenta-se, entretanto sempre dependentes da água, ao menos para o deslocamento do anterozoide flagelado até a oosfera.
Esta Divisão não possui representantes marinhos.
 

 

Morfologia

As briófitas são plantas avasculares de pequeno porte que possuem muitos e pequenos cloroplastos em suas células. O tamanho das briófitas está relacionado à ausência de vasos condutores, chegando no máximo a 10 cm em ambientes extremamente úmidos. A evaporação remove consideravelmente a quantidade de água para o meio aéreo. A reposição por absorção é um processo lento. O transporte de água ao longo do corpo desses vegetais ocorre por difusão de célula a célula, já que não há vasos condutores e, portanto, é lento.

Reprodução

O ciclo haplodiplobionte nos musgos
Nos musgos e em todas as briófitas, a metagênese envolve a alternância de duas gerações diferentes na forma e no tamanho. Os gametófitos, verdes, são de sexos separados e duram mais que os esporófitos.
Existem órgãos especializados na produção de gametas chamados gametângios e que ficam localizados  no ápice dos gametófitos. O gametângio masculino é o anterídio e seus gametas, os anterozoides. O gametângio feminino é o arquegônio que produz apenas um gameta feminino, a oosfera.
Para ocorrer o encontro dos gametas é preciso, inicialmente, que os anterozoides saiam dos anterídios. Gotículas de água do ambiente que caem nos anterídios libertam os gametas masculinos. Deslocando-se na água, os anterozoides entram no arquegônio e apenas um deles fecunda a oosfera. Forma-se o zigoto que, dividindo-se inúmeras vezes, origina o embrião. Este, no interior do arquegônio, cresce e forma o esporófito.


O jovem esporófito, no seu crescimento, rompe o arquegônio e carrega em sua ponta dilatada um pedaço rompido do arquegônio, em forma de "boné", conhecido como caliptra. Já como adulto, o esporófito, apoiado no gametófito feminino, é formado por uma haste e, na ponta, uma cápsula (que é um esporângio) dilatada, dotada de uma tampa, coberta pela caliptra.
No esporângio células 2n sofrem meiose e originam esporos haploides. Para serem liberados, é preciso inicialmente que a caliptra seque e caia. A seguir, cai a tampa do esporângio. Em tempo seco e, preferencialmente, com vento os esporos são liberados e dispersam-se. Caindo em locais úmidos, cada esporo germina e origina um filamento semelhante a uma alga, o protonema. Do protonema, brotam alguns musgos, todos idênticos geneticamente e do mesmo sexo. Outro protonema, formado a partir de outro esporo, originará gametófitos do outro sexo e, assim, completa-se o ciclo. Note que a determinação do sexo ocorre, então, já na formação dos esporos.

GAMETOGÊNESE

Gametogênese


Gametogênese é o processo pelo qual os gametas são produzidos nos organismos dotados de reprodução sexuada. Nos animais, a gametogênese acontece nas gônadas, órgãos que também produzem os hormônios sexuais, que determinam as características que diferenciam os machos das fêmeas.

O evento fundamental da gametogênese é a meiose, que reduz à metade a quantidade de cromossomos das células, originando células haplóides. Na fecundação, a fusão de dois gametas haplóides reconstitui o número diplóide característico de cada espécie.

Em alguns raros casos, não acontece meiose durante a formação dos gametas. Um exemplo bastante conhecido é o das abelhas: se um óvulo não for fecundado por nenhum espermatozóide, irá se desenvolver por mitoses consecutivas, originando um embrião em que todas as células são haplóides. Esse embrião haplóide formará um indivíduo do sexo masculino. O desenvolvimento de um gameta sem que haja fecundação chama-se partenogênese. Se o óvulo for fecundado, o embrião 2n irá originar uma fêmea.

Em linhas gerais, a gametogênese masculina (ou espermatogênese) e a gametogênese feminina (ovogênese ou ovulogênese) seguem as mesmas etapas.

ESPERMATOGÊNESE

A Espermatogênese

Processo que ocorre nos testículos, as gônadas masculinas. Secretam a testosterona, hormônio sexual responsável pelo aparecimento das características sexuais masculinas: aparecimento da barba e dos pêlos corporais em maior quantidade, massa muscular mais desenvolvida, timbre grave da voz, etc.

As células dos testículos estão organizadas ao redor dos túbulos seminíferos, nos quais os espermatozóides são produzidos. A testosterona é secretada pelas células intersticiais. Ao redor dos túbulos seminíferos, estão as células de Sertoli, responsáveis pela nutrição e pela sustentação das células da linhagem germinativa, ou seja, as que irão gerar os espermatozóides.


Nos mamíferos, geralmente os testículos ficam fora da cavidade abdominal, em uma bolsa de pele chamada bolsa escrotal. Dessa forma, a temperatura dos testículos permanece aproximadamente 1° C inferior à temperatura corporal, o que é ideal para a espermatogênese.
A espermatogênese divide-se em quatro fases:
Fase de proliferação ou de multiplicação: Tem início durante a vida intra-uterina, antes mesmo do nascimento do menino, e se prolonga praticamente por toda a vida. As células primordiais dos testículos, diplóides, aumentam em quantidade por mitoses consecutivas e formam as espermatogônias .

Fase de crescimento
: Um pequeno aumento no volume do citoplasma das espermatogônias as converte em espermatócitos de primeira ordem, também chamados espermatócitos primários ou espermatócitos I, também diplóides.

Fase de maturação
: Também é rápida, nos machos, e corresponde ao período de ocorrência da meiose. Depois da primeira divisão meiótica, cada espermatócito de primeira ordem origina dois espermatócitos de segunda ordem (espermatócitos secundários ou espermatócitos II). Como resultam da primeira divisão da meiose, já são haplóides, embora possuam cromossomos duplicados. Com a ocorrência da segunda divisão meiótica, os dois espermatócitos de segunda ordem originam quatro espermátides haplóides.
Espermiogênese: É o processo que converte as espermátides em espermatozóides, perdendo quase todo o citoplasma. As vesículas do complexo de Golgi fundem-se, formando o acrossomo, localizado na extremidade anterior dos espermatozóides. O acrossomo contém enzimas que perfuram as membranas do óvulo, na fecundação.
Os centríolos migram para a região imediatamente posterior ao núcleo da espermátide e participam da formação do flagelo, estrutura responsável pela movimentação dos espermatozóides. grande quantidade de mitocôndrias, responsáveis pela respiração celular e pela produção de ATP, concentram-se na região entre a cabeça e o flagelo, conhecida como peça intermediária.

OVOGÊNESE

A Ovogênese

Nos ovários, encontram-se agrupamentos celulares chamados folículos ovarianos de Graff, onde estão as células germinativas, que originam os gametas, e as células foliculares, responsáveis pela manutenção das células germinativas e pela produção dos hormônios sexuais femininos.

Nas mulheres, apenas um folículo ovariano entra em maturação a cada ciclo menstrual, período compreendido entre duas menstruações consecutivas e que dura, em média, 28 dias. Isso significa que, a cada ciclo, apenas um gameta torna-se maduro e é liberado no sistema reprodutor da mulher.

Os ovários alternam-se na maturação dos seus folículos, ou seja, a cada ciclo menstrual, a liberação de um óvulo, ou ovulação, acontece em um dos dois ovários.




A ovogênese é dividida em três etapas:
Fase de multiplicação ou de proliferação: É uma fase de mitoses consecutivas, quando as células germinativas aumentam em quantidade e originam ovogônias. Nos fetos femininos humanos, a fase proliferativa termina por volta do final do primeiro trimestre da gestação. Portanto, quando uma menina nasce, já possui em seus ovários cerca de 400 000 folículos de Graff. É uma quantidade limitada, ao contrário dos homens, que produzem espermatogônias durante quase toda a vida.

Fase de crescimento: Logo que são formadas, as ovogônias iniciam a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I. Passam, então, por um notável crescimento, com aumento do citoplasma e grande acumulação de substâncias nutritivas. Esse depósito citoplasmático de nutrientes chama-se vitelo, e é responsável pela nutrição do embrião durante seu desenvolvimento.

Terminada a fase de crescimento, as ovogônias transformam-se em ovócitos primários (ovócitos de primeira ordem ou ovócitos I). Nas mulheres, essa fase perdura até a puberdade, quando a menina inicia a sua maturidade sexual.

Fase de maturação: Dos 400 000 ovócitos primários, apenas 350 ou 400 completarão sua transformação em gametas maduros, um a cada ciclo menstrual. A fase de maturação inicia-se quando a menina alcança a maturidade sexual, por volta de 11 a 15 anos de idade.

Quando o ovócito primário completa a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I, origina duas células. Uma delas não recebe citoplasma e desintegra-se a seguir, na maioria das vezes sem iniciar a segunda divisão da meiose. É o primeiro corpúsculo (ou glóbulo) polar.

A outra célula, grande e rica em vitelo, é o ovócito secundário (ovócito de segunda ordem ou ovócito II). Ao sofrer, a segunda divisão da meiose, origina o segundo corpúsculo polar, que também morre em pouco tempo, e o óvulo, gameta feminino, célula volumosa e cheia de vitelo.

Na gametogênese feminina, a divisão meiótica é desigual porque não reparte igualmente o citoplasma entre as células-filhas. Isso permite que o óvulo formado seja bastante rico em substâncias nutritivas.

Na maioria das fêmeas de mamíferos, a segunda divisão da meiose só acontece caso o gameta seja fecundado. Curiosamente, o verdadeiro gameta dessas fêmeas é o ovócito II, pois é ele que se funde com o espermatozóide.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS

Doenças causadas por protozoários parasitas envolvem, basicamente, dois locais de parasitismo: o sangue e o tubo digestório. No entanto, a pele, o coração, os órgãos o do sistema genital e os sistema linfático também constituem locais em que os parasitas podem se instalar. Essas doenças envolvem, em seu ciclo, hospedeiros, isto é, organismos vivos em que os parasitas se desenvolvem.
Caso o agente parasitário utilize dois hospedeiros para completar o seu ciclo de vida, considera-se como hospedeiro definitivo aquele local no qual o parasita se reproduz assexuadamente. Hospedeiro intermediário é aquele no qual o parasita se reproduz assexuadamente.
Quase sempre o homem atua como hospedeiro definitivo; na malária, no entanto, a reprodução sexuada dos parasitas ocorre nos pernilongos que são, então, considerados hospedeiros definitivos, sendo o homem o hospedeiro intermediário.

Continue navegando e saiba mais sobre as parasitoses mais frequentes no Brasil causadas por protozoários

TRICOMONÍASE

Tricomoníase

Tricomoníase é um tipo de infecção da vagina e do pênis. É uma doença sexualmente transmissível que pode ser tratada e que não causa problemas de saúde mais sérios.

Como ocorre?
Existe um microorganismo chamado Tricomonas vaginalis que causa a infecção. Parceiros sexuais que não usam preservativo, podem disseminar o microorganismo através de secreções. 

Microscopia óptica do Tricomonas vaginalis.

Quais são os sintomas?
Muitas mulheres que são infectadas pelo Tricomonas não desenvolvem sintomas. Quando os sintomas surgem são principalmente corrimento abundante juntamente com um prurido (coceira) vaginal. Em outros casos a mulher pode apresentar um corrimento fluido com pouca cor e ainda um certo desconforto na micção.

A maioria dos homens não apresentam sintomas, e quando existem consiste em uma irritação na ponta do pênis.
Como é feito o diagnóstico?
O médico poderá solicitar uma amostra da secreção da vagina ou do pênis que será examinada através de um microscópico e será positivo se o examinador visualizar as formas do Tricomonas. O resultado da cultura fica disponível em 2 a 7 dias.


Como é procedido o tratamento?
A tricomoníase é tratada com metronidazol (Flagyl). Se existir possibilidade de estar grávida, comunique ao seu médico, pois este medicamento não deve ser usado durante o primeiro trimestre da gravidez.

O seu parceiro também deve ser tratado. Vocês não devem ter relação sexual até que o seu médico diga que ambos estão curados.

Como proceder durante o tratamento?
Não tome bebida alcóolica durante, pois isso pode gerar náuseas e vômitos intensos, devido a interação com o medicamento.

O que pode ser feito para prevenir a tricomoníase?
Se mantém vida sexual ativa, use camisinha (masculina ou feminina) pois esta a única proteção contra a tricomoníase.

GIARDÍASE

Giardíase
 
A giardíase é uma parasitose intestinal mais frequente em crianças do que em adultos e que tem como agente etiológico a Giardia lamblia. Este protozoário flagelado tem incidência mais alta em climas temperados. Ao gênero Giardia pertence o primeiro protozoário intestinal humano a ser conhecido. Sua descrição e atribuída a Leeuwenhoek que notou 'animais minúsculos móveis' em suas próprias fezes. 

Sintomas 
A giardíase se manifesta por azia e náusea que diminuem de intensidade quando ocorre ingestão de alimentos, ocorrem cólicas seguidas de diarréia, perda de apetite, irritabilidade. Raramente observa-se muco ou sangue nas fezes do indivíduo com giardíase que no entanto possuem odor fétido, são do tipo explosiva e acompanhadas de gases. Em alguns casos o estado agudo da doença pode durar meses levando à má absorção de várias substâncias inclusive vitaminas como as lipossolúveis, por exemplo.

Contaminação
Ocorre quando os cistos maduros são ingeridos pelo indivíduo. Os cistos podem ser encontrados na água (mesmo que clorada), alimentos contaminados e em alguns casos a transmissão pode se dar por meio de mãos contaminadas. 



Profilaxia
Basicamente, para se evitar a giardíase deve-se tomar as mesmas medidas profiláticas usadas contra a amebíase, já que as formas de contaminação são praticamente as mesmas. Portanto deve-se: 
  • Só ingerir alimentos bem lavados e/ou cozidos; 
  • Lavar as mãos antes das refeições e após o uso de sanitários; 
  • Construção de fossas e redes de esgotos; 
  • Só beber água filtrada e/ou fervida;
  • Tratar as pessoas doentes.

DOENÇA DE CHAGAS

Doença de Chagas

É uma doença infecciosa causada por um protozoário parasita chamado Trypanosoma cruzi, nome dado por seu descobridor, o cientista brasileiro Carlos Chagas, em homenagem a outro cientista, também, brasileiro, Oswaldo Cruz.

Microscopia ópica do protozoário parasita Trypanosoma cruzi.


 
Como se adquire?
Através da entrada do Trypanosoma no sangue dos humanos a partir do ferimento da “picada” por triatomas, os populares barbeiros ou chupões, como são conhecidos no interior do Brasil.
Estes triatomas, ou barbeiros, alimentam-se de sangue e contaminam-se com o parasita quando sugam sangue de animais mamíferos infectados, que são os reservatórios naturais (bovinos, por exemplo) ou mesmo outros humanos contaminados. Uma vez no tubo digestivo do barbeiro, o parasita é eliminado nas fezes junto ao ponto da “picada”, quando sugam o sangue dos humanos que por aí infectam-se.
Outras formas de contato ocorre na vida intra-uterina por meio de gestantes contaminadas, de transfusões sanguíneas ou acidentes com instrumentos de punção em laboratórios por profissionais da saúde, estas duas últimas bem mais raras.



Ciclo da Doença de Chagas.


O que se sente?
A doença possui uma fase aguda e outra crônica. No local da picada pelo “vetor” (agente que transmite a doença, no caso, o barbeiro), a área torna-se vermelha e endurecida, constituindo o chamado chagoma, nome dado à lesão causada pela entrada do Trypanosoma. Quando esta lesão ocorre próxima aos olhos, leva o nome de sinal de Romaña. O chagoma acompanha-se em geral de íngua próxima à região.
Após um período de incubação (período sem sintomas) variável, mas de não menos que uma semana, ocorre febre, ínguas por todo o corpo, inchaço do fígado e do baço e um vermelhidão no corpo semelhante a uma alergia e que dura pouco tempo. Nesta fase, nos casos mais graves, pode ocorrer inflamação do coração com alterações do eletrocardiograma e número de batimentos por minuto aumentado. Ainda nos casos mais graves, pode ocorrer sintomas de inflamação das camadas de proteção do cérebro (meningite) e inflamação do cérebro (encefalite). Os casos fatais são raros, mas, quando ocorrem, são nesta fase em decorrência da inflamação do coração ou do cérebro. Mesmo sem tratamento, a doença fica mais branda e os sintomas desaparecem após algumas semanas ou meses. A pessoa contaminada pode permanecer muitos anos ou mesmo o resto da vida sem sintomas, aparecendo que está contaminada apenas em testes de laboratório. A detecção do parasita no sangue, ao contrário da fase aguda, torna-se agora bem mais difícil, embora a presença de anticorpos contra o parasita ainda continue elevada, denotando infecção em atividade.
Na fase crônica da doença, as manifestações são de doença do músculo do coração, ou seja, batimentos cardíacos descompassados (arritmias), perda da capacidade de “bombeamento” do coração, progressivamente, até causar desmaios, podendo evoluir para arritmias cardíacas fatais. O coração pode aumentar bastante, tornando inviável seu funcionamento. Outras manifestações desta fase podem ser o aumento do esôfago e do intestino grosso, causando dificuldades de deglutição, engasgos e pneumonias por aspiração e constipação crônica e dor abdominal.
Mais recentemente, a associação de doença de Chagas com AIDS ou outros estados de imunossupressão tem mostrado formas de reagudização grave que se desconhecia até então, como o desenvolvimento de quadros neurológicos relacionados à inflamação das camadas que revestem o cérebro (meningite).

Como se faz o diagnóstico?
Sempre se deve levantar a suspeita quando estamos diante de um indivíduo que andou por zona endêmica e apresenta sintomas compatíveis. Testes de detecção de anticorpos ao Trypanosoma no sangue mais comumente, bem como a detecção do próprio parasita no sangue, nas fases mais agudas, fazem o diagnóstico.

Como se trata?
A medicação utilizada, no nosso meio, é o benzonidazole, que é muito tóxico, sobretudo pelo tempo de tratamento, que pode durar de três a quatro meses. Seu uso é de comprovado benefício na fase aguda. Na fase crônica, o tratamento é dirigido às manifestações. A diminuição da capacidade de trabalho do coração é tratada como na insuficência deste órgão por outras causas, podendo, em alguns casos, impor até a necessidade de transplante.

Como se previne?
Basicamente, pela eliminação do vetor, o barbeiro, por meio de medidas que tornem menos propício o convívio deste próximo aos humanos, como a construção de melhores habitações.
Importante: A recente forma de contaminação desta doença, no litoral do estado de Santa Catarina, por ingestão de caldo-de-cana contaminado com fezes de barbeiro ou pelo próprio inseto, constitui-se maneira pouco comum, embora possível, de contágio. Além do que encontra-se em fase de investigação, não sendo possível afirmar, pelo que foi divulgado de informações, todas as circunstâncias dos fatos ocorridos.

AMEBÍASE

Amebíase    

Existem várias espécies de amebas que podem ser encontradas no Homem e entre elas a Entamoeba histolytica e a Entamoeba coli. A única espécie patogênica, em determinadas condições, é a E. histolyticaembora em um grande número de casos viva como comensal no intestino grosso.

E. histolytica tem ampla distribuição geográfica, sendo encontrada praticamente em todos os países do mundo. Aflinge, de um modo geral, 10% da população mundial


SINTOMAS
Os sintomas mais comuns da amebíase são: disenteria aguda com muco e sangue nas fezes; náuseas; vômitos e cólicas intestinais. Em certos indivíduos no entanto, pode ser assintomática. Existem casos em que a ameba pode passar a parasitar outras regiões do organismo causando lesões no fígado, pulmões e mais raramente no cérebro. 

CONTAMINAÇÃO
É direta, não envolvendo um vetor. Ocorre pela ingestão de cistos, forma de resistência dos protozoários, adquirida como maneira de proteger-se de condições desfavoráveis do ambiente) juntamente com água e alimentos contaminados.

Passam pelo estômago, resistindo à ação do suco gástrico, chegam ao intestino delgado, onde ocorre o desencistamento, de onde migram para o intestino grosso onde se colonizam. Em geral ficam aderidos à mucosa do intestino, alimentando-se de detritos e bactérias. Em determinadas condições, invadem a mucosa intestinal, dividindo-se ativamente no interior das úlceras e podem, através da circulação porta, atingir outros órgãos. A liberação de sangue juntamente com as fezes é conseqüente da ruptura de vasos sangüíneos da mucosa intestinal. 

PROFILAXIA
  • Só ingerir alimentos bem lavados e/ou cozidos;
  • lavar as mãos antes das refeições e após o uso do banheiro; 
  • construção de fossas e redes de esgoto; 
  • só ingerir alimentos bem lavados e/ou bem cozidos; 
  • TRATAR AS PESSOAS DOENTES.   

MALÁRIA

Malária
Malária ou paludismo, entre outras designações, é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles.
A malária mata 3 milhões de pessoas por ano, uma taxa só comparável à da SIDA/AIDS, e afeta mais de 500 milhões de pessoas todos os anos. É a principal parasitose tropical e uma das mais frequentes causas de morte em crianças nesses países: (mata um milhão de crianças com menos de 5 anos a cada ano). Segundo a OMS, a malária mata uma criança africana a cada 30 segundos, e muitas crianças que sobrevivem a casos severos sofrem danos cerebrais graves e têm dificuldades de aprendizagem.

Mosquito do gênero Anopheles.
A malária é transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles. A transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi-rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas, principalmente em periferias. Em cidades situadas em locais cuja altitude seja superior a 1500 metros, no entanto, o risco de aquisição de malária é pequeno. Os mosquitos têm maior atividade durante o período da noite, do crepúsculo ao amanhecer. Contaminam-se ao picar os portadores da doença, tornando-se o principal vetor de transmissão desta para outras pessoas. O risco maior de aquisição de malária é no interior das habitações, embora a transmissão também possa ocorrer ao ar livre.

O mosquito da malária só sobrevive em áreas que apresentem médias das temperaturas mínimas superiores a 15°C, e só atinge número suficiente de indivíduos para a transmissão da doença em regiões onde as temperaturas médias sejam cerca de 20-30°C, e umidade alta. Só os mosquitos fêmeas picam o homem e alimentam-se de sangue. Os machos vivem de seivas de plantas. As larvas se desenvolvem em águas paradas, e a prevalência máxima ocorre durante as estações com chuva abundante.


Ciclo da Malária

domingo, 26 de maio de 2013

RESUMO SOBRE ALGAS - COMPLETO

ALGAS

O termo alga denomina organismos eucarísticos fotossintetizantes, com organização corporal simples, que vivem no mar, em lagos, em rios ou em superfícies úmidas. Grande parte da algas é unicelular, mas há diversas espécies multicelulares. Quanto à estrutura interna, porém, as algas não apresentam tecidos nem órgãos diferenciados como ocorrem nas plantas.

CLOROFÍCEAS OU ALGAS VERDES:
 existem espécies unicelulares e multicelulares. Cores variam entre verde intenso até tons de verde acastanhado ou acinzentado. A maioria é aquática, com espécies marinhas e espécies de água doce; umas poucas vivem em barrancos e troncos de árvores em locais de grande umidade. No litoral brasileiro o tipo mais comum é a Ulva ou alface-do-mar. Alguns tipos vivem em associação mutualística com fungos, constituindo liquens, outras vivem no citoplasma de células de animais e conhecidas como zooclorelas, essas fornecem ao cnidário substâncias orgânicas nitririas produzidas por meio da fotossíntese e o animal às garante abrigo, nutrientes inorgânicos e certas substâncias orgânicas de que necessitam. Esse tipo de associação mutualística é chamado de endossimbiose.
Tipo de clorofila: a e b
Componentes da parede celular: celulose
Substância de reserva: amido
Pigmentos carotenos e diversas xantofilas

FEOFÍCEAS OU ALGAS PARDAS:
 São multicelulares e vivem no mar. A cor das feofíceas vai do bege claro ao marrom-amarelado. Nos mares tropicais há poucas espécies. Algumas espécies acumulam carbonato de cálcio na parede celular, o que lhes conferem um aspecto petrificado.
Tipos de clorofila: a e c
Pigmentos: carotenos, fucoxantina e outras xantofilas
Substância reserva: óleos e laminarina
Componentes da parede celular: celulose e algina

RODOFÍCEAS OU ALGAS VERMELHAS:
A maioria é multicelular. São abundantes nos mares tropicais, mas também ocorrem em água doce e em superfícies úmidas. A cor pode variar do vermelho ao roxo-escuro. O talo é geralmente ramificado, com estrutura especializada na fixação ao substrato.
Tipos de clorofila: a e d
Pigmentos: carotenos, diversas xantofilas, ficoeritrina e ficocianina
Substância reserva: amido das florídeas
Componentes da parede celular: celulose, ágar e carragenina

DIATOMÁCEAS:
 São unicelulares e vivem principalmente em mares de água fria, mas há varias espécies em lagos de água doce. Suas células são recobertas por uma carapaça denominada fúrcula, constituída por bióxido de silício. Em muitas espécies a fúrcula é formada por duas partes encaixadas. Muitas vivem na superfície dos mares e lagos, constituindo parcela importante do fitoplâncton. Há espécies que secretam um muco aderente, que lhes permitem viver grudadas à superfície de diversos organismos marinhos.
Tipos de clorofila: a e c
Pigmentos: carotenos, fucoxantina e outras xantofilas
Substância reserva: óleos
Componentes da parede celular: dióxido de silício
CRISOFÍCEAS OU ALGAS DOURADAS:
 A maioria é unicelular e há tanto espécies marinhas como de água doce. Os pigmentos marrom meio amarelados e a iridescência (refletir cor) produzida pela sílica ressente na parece celular conferem a algumas espécies um aspecto dourado.
Tipos de clorofila: a e c
Pigmentos: carotenos, fucoxantina e outras xantofilas.
Substância reserva: óleos e crisolaminarina, um polissacarídeo.
Componentes da parede celular: celulose (alguns casos com dióxido de silício)
EUGLENÓIDES:
 A maioria é de água doce. São organismos unicelulares livres, ou seja, natantes, cuja célula não apresenta parede celular. Em geral apresentam dois flagelos, um curto, que não chega a emergir da célula e outro longo, usado para locomoção. A cor verde de muitos euglenóides deve-se à presença de numerosos cloroplastos. Entretanto, há espécies sem cloroplastos, cuja nutrição é exclusivamente heterotófica.
Tipos de clorofila: a e b
Pigmentos: carotenos e xantofilas
Substância reserva: paramilo
Componentes da parede celular: sem parede celular

DINOFLAGELADOS:
São unicelulares. A maioria vive no mar e, junto com as diatomáceas, constituem parte importante do fitoplâncton oceânico. Os dinoflagelados têm dois flagelos, o que lhes permitem deslocar-se rodopiando. Algumas espécies de dinoflagelados vivem endossimbioticamente dentro das células de protozoários e de certos animais marinhos em relação mutualística constituindo as chamadas zooxantelas. São a causa da bioluminescência do mar e da maré vermelha.
Tipos de clorofila: a e c
Pigmentos: carotenos, peridina e diversas xantofilas.
Substância reserva: amido e óleos
Componentes da parede celular: celulose

CAROFÍCEAS:

São multicelulares de água doce que crescem geralmente ancoradas a fundos submersos. Seu talo é complexo, muitas espécies acumulam carbonato de cálcio nas paredes celulares o que lhes confere um aspecto áspero e petrificado. A cor normalmente é esverdeada tendendo para o castanho-acinzentado.
Tipos de clorofila: a e b
Pigmentos: carotenos e xantofilas
Substância reserva: amido
Componentes da parede celular: celulose e carbonato de cálcio

REPRODUÇÃO:
Assexuada: por divisão binária, a célula divide-se por mitose, originando dois novos indivíduos. Em muitas algas filamentosas, ocorre a reprodução por fragmentação de talos.
Sexuada: em algumas algas unicelulares cada organismo comporta-se como um gamela. Dois indivíduos sexualmente maduros fundem-se e originam uma célula diploide contida no interior de um envoltório, formando o zigosporo. A célula diploide do sigósporo passa por meiose e origina quatro novos indivíduos haploides, que poderão reproduzir-se assentadamente ou repetir o ciclo sexuado.

IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA E ECONÔMICA DAS ALGAS:
 o fitoplâncton é a base de sustentação das cadeias alimentares nesses ecossistemas. O plâncton é responsável por quase 90% de toda a fotossíntese realizada no planeta, logo ele é responsável por quase todo o gás oxigênio presente na atmosfera.

DIVERSAS ALGAS SÃO COMESTÍVEIS

De algumas algas vermelhas são extraídas substâncias economicamente importantes, como o agar e a carragenina.

RESUMO SOBRE ALGAS

ALGAS
CARACTERÍSTICAS GERAIS
 - Autotróficas, produzem seu próprio alimento.
- São de água salgada, doce e de superfícies úmidas.
- São Eucariontes.
 - Seu embrião não necessita do útero materno para se alimentar.
 - Forma os fitoplânctons
- Uni e Multicelulares

2) Formas de Classificar as Algas: são classificadas de acordo com sua clorofila, seus pigmentos acessórios, substância de reserva.

3) Clorofíceas:  Algas verdes e  autotróficas.

4) Feofíceas: Algas Marrom e autotróficas.
Encontram-se na costa oeste dos EUA.

5) Rodofíceas: Algas Vermelhas e autotróficas.
Encontra-se em recifes de coral,pois sua parede é dura e controle a velocidade das ondas fazendo com que o mar fique calmo, facilitando assim a formação de recifes de coral.

6) Diatomáceas:  Unicelulares. Formam camadas rochosas ou terras de diatomáceas.

7) Crisofíceas:  Algas Douradas. Unicelulares. Na presença de luz elas brilham.

8) Euglenoides:  Unicelulares.
 Características importantes:
a) Vacúolo contrátil
b) Não possuem parede celular
c) Possuem 2 flagelos
d) Possuem ocelos, ou seja, ela busca sempre a luz para fazer a fotossíntese.

9) Dinoflagelados: Unicelulares.
Causa a Maré Vermelha.

10) Carofíceas:  Multicelulares.

Possuem nós e entrenós.

INSULINA E GLUCAGON

INSULINA E GLUCAGON

O tecido pancreático é constituído por numerosos ácinos (ácinos pancreáticos), que são responsáveis pela produção das diversas enzimas secretadas através do ducto pancreático no tubo digestório. Tais enzimas constituem um tipo de secreção denominada secreção exócrina.
Além dessa função exócrina, o tecido pancreático secreta também hormônios, diretamente à corrente sanguínea. A secreção endócrina do pâncreas é feita através de milhares de grupamentos celulares denominados Ilhotas de Langerhans, distribuídas por todo o tecido pancreático.
Cada Ilhota de Langerhans é constituída por diversos tipos de células. Destacam-se as células alfa, que produzem o hormônio glucagon e as células beta, que produzem a insulina.
Ambos os hormônios, insulina e glucagon, são bastante importantes devido aos seus efeitos no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras.
INSULINA
Produzida pelas células beta das ilhotas de Langerhans, atua no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras.
Efeitos da insulina no metabolismo dos carboidratos:
  • aumento no transporte de glicose através da membrana celular
  • aumento na disponibilidade de glicose no líquido intracelular
  • aumento na utilização de glicose pelas células
  • aumento na glicogênese (polimerização de glicose, formando glicogênio), principalmente no fígado e nos músculos
  • aumento na transformação de glicose em gordura
Efeitos da insulina no metabolismo das proteínas:
  • aumento no transporte de aminoácidos através da membrana celular
  • maior disponibilidade de aminoácidos no líquido intracelular
  • aumento na quantidade de RNA no líquido intracelular
  • aumento na atividade dos ribossomas no interior das células
  • aumento na síntese protéica
  • redução na lise protéica
  • aumento no crescimento
Efeitos da insulina no metabolismo das gorduras:
  • aumento na transformação de glicose em gordura
  • redução na mobilização de ácidos graxos dos tecidos adiposos
  • redução na utilização de ácidos graxos pelas células
GLUCAGON
Secretado pelas células alfa das ilhotas de Langerhans, é muito importante principalmente para evitar que ocorra uma hipoglicemia acentuada no organismo de uma pessoa.
Quando a concentração de glicose no sangue atinge valores baixos, as células alfa das ilhotas de Langerhans liberam uma maior quantidade de glucagon.
O glucagon, então, faz com que a glicose sanguínea aumente e retorne aos valores aceitáveis como normal.
Os principais mecanismos através dos quais o glucagon faz aumentar a glicemia são:
  • aumento na glicogenólise (despolimerização do glicogênio armazenado nos tecidos, liberando glicose para a circulação)
  • aumento na gliconeogênese, através da qual elementos que não são carboidratos (proteínas e glicerol) transformam-se em glicose.