Considera-se um corpo eletrizado
quando este tiver número diferente de prótons e elétrons, ou seja, quando não
estiver neutro. O processo de retirar ou acrescentar elétrons a um corpo neutro
para que ele fique eletrizado é chamado de eletrização.
Após atritar um balão com um pano
de lã, por exemplo, podemos sentir nossos cabelos sendo atraídos pela
eletricidade estática.
O estudo da eletricidade originou-se
de observações que, aparentemente, foram feitas pela primeira vez pelos gregos.
Na realidade, é possível que outros povos tenham também observado esses
fenômenos, mas os relatos mais antigos de que temos registro são dos gregos.
Por essa razão, atribui-se a eles a primazia desse feito.
A primeira observação foi feita
com um material denominado âmbar. Semelhante ao plástico, resulta do
endurecimento da seiva de árvores de uma espécie extinta. Tales de Mileto,
o primeiro filósofo do qual temos conhecimento, parece ter sido também o
primeiro a chamar atenção para o fato de que o âmbar, após ser atritado com lã
ou pelo de animal, adquire a propriedade de atrair objetos “leves”, como penas,
fios de algodão, papel picado etc.
Após algum tempo e alguns estudos
sobre o âmbar, foi constatado que a eletricidade não era exatamente uma
propriedade exclusiva do âmbar, mas tratava-se de um fenômeno generalizado e
que podia ser observado em diversas substâncias. Hoje sabemos que estamos
rodeados de uma série de fenômenos elétricos e de suas incontáveis aplicações
práticas: rádio, transmissão via satélite, internet, chapinha, chuveiro
elétrico etc.
Em alguns momentos do nosso
cotidiano, deparamo-nos com situações um “pouco estranhas”, nas quais tomamos
choques em maçanetas de portas, na tela da TV ou até mesmo quando encostamos em
outra pessoa. Esses pequenos choques ocorrem em razão da eletricidade estática
que adquirimos diariamente. Essas cargas são adquiridas por alguns processos de
eletrização conhecidos há séculos. São três os processos de eletrização:
eletrização por atrito, eletrização por contato e eletrização por indução.
- Eletrização por atrito
Como o próprio nome diz,
atritando-se, ou melhor, colocando-se dois corpos constituídos de substâncias
diferentes e, inicialmente, neutros em contato, um deles cede elétrons,
enquanto o outro recebe. Ao final, os dois corpos estarão eletrizados e com
cargas elétricas opostas.
- Eletrização por contato
Dizemos que a eletrização por
contato é o processo em que um corpo eletrizado é colocado em contato com um
corpo neutro. De preferência, devem ser usados dois corpos condutores de
eletricidade.
- Eletrização por indução
Dizemos que a indução
eletrostática é o fenômeno de separação de cargas elétricas de sinais
contrários em um mesmo corpo. Portanto, esse tipo de eletrização pode ocorrer
apenas pela aproximação entre um corpo eletrizado e um corpo neutro, sem que
entre eles aconteça qualquer tipo de contato.
Como citado anteriormente,
algumas vezes, ao abrirmos a porta do carro, levamos um pequeno choque. Esse
choque é proveniente do processo de eletrização por atrito, pois, ao se
movimentarem, os automóveis e outros veículos eletrizam-se em virtude do atrito
com o ar. Isso é mais notado em locais de clima seco. É muito comum um
passageiro levar um choque quando o ônibus chega à parada: basta ele se
encostar a qualquer uma das partes metálicas do veículo. Nesse caso, o
passageiro faz o papel de fio terra.
Muitas vezes, também, é possível
levar um choque quando se desce de um automóvel. Geralmente, o veículo está
eletrizado por atrito com o ar e, ao descer do carro, a pessoa estabelece um
contato entre a carcaça metálica eletrizada do carro e a terra. Eis uma das
causas de choque elétrico.
No entanto, existe outra razão
para ocorrer o choque elétrico ao se descer de um carro: o passageiro, por
ficar sentado no banco, causa atrito entre o tecido de sua roupa e o tecido do
banco do veículo. Assim, a pessoa fica eletrizada e, ao descer do carro,
carrega essas cargas elétricas espalhadas em seu corpo. Quando, então, toca em
um metal (carro), este faz escoar as cargas para a terra, ocasionando o choque
elétrico.
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/processo-eletrizacao.htm
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