Nossos ouvidos também nos ajudam a perceber o que
está ocorrendo a nossa volta. Além de perceberem os sons, eles também nos dão
informações sobre a posição de nossos corpos, sendo parcialmente responsáveis
por nosso equilíbrio.
O pavilhão auditivo (orelha externa)
concentra e capta o som para podermos ouvir os sons da natureza, diferenciar os
sons vindos do mar do som vindo de um automóvel, os sons fortes e fracos,
graves e agudos.
Por possuirmos duas orelhas, uma de cada lado da
cabeça, conseguimos localizar a que distância se encontra o emissor do som.
Percebemos a diferença da chegada do som nas duas diferentes orelhas. Desse
modo, podemos calcular a que distância encontra-se o emissor. Nossas
orelhas captam e concentram as vibrações do ar, ou melhor, as ondas
sonoras, que passam para a parte interna do nosso aparelho auditivo, as orelhas
médias, onde a vibração do ar faz vibrar nossos tímpanos - as membranas que
separam as orelhas externas das médias.
Essa vibração, por sua vez, será transmitida para
três ossículos, o martelo, a bigorna e o estribo. Através
desses ossos, o som passa a se propagar em um meio sólido, sendo assim
transmitido mais rapidamente. Assim, a vibração chega à janela oval - cerca de
vinte vezes menor que o tímpano - concentrando-se nessa região e amplificando o
som.
Da orelha interna, partem os impulsos nervosos. Nosso
aparelho auditivo consegue ampliar o som cerca de cento e oitenta vezes até o
estímulo chegar ao nervo acústico, o qual levará a informação ao cérebro.
Quando movemos a cabeça, movimentamos também os líquidos existentes nos canais
semicirculares e no vestíbulo da orelha interna. É esse movimento que gera os
estímulos que dão informações sobre os movimentos que nosso corpo está
efetuando no espaço e sobre a posição da cabeça, transmitindo-nos com isso a
noção de equilíbrio.
- A orelha e o equilíbrio
A orelha é mais conhecida como o órgão do sentido da
audição, mas ela também ajuda a manter o equilíbrio – a orientação postural – e
o senso de direção. Dentro da orelha interna, há um “equipamento” de
percepção de equilíbrio: os canais semicirculares, também chamados de
labirinto que são preenchidos por líquido. Essas estruturas não participam do
processo de audição. Quando movimentamos a cabeça, o líquido se desloca dentro
dos canais. O deslocamento desse líquido estimula nervos específicos, que
enviam ao cérebro informação sobre a posição do nosso corpo em relação ao
ambiente. O nosso cérebro interpreta a mensagem e comanda os músculos que atuam
na manutenção do equilíbrio do corpo.
- Cuidados com os órgãos auditivos
Para este equipamento funcionar direitinho, cuide bem
dele!
O ouvido está sujo? Limpeza nele! Mas ATENÇÃO:
nada de cotonete! Se não você pode fazer o maior estrago no seu ouvido! Peça
uma ajudinha a um adulto, para ele mostrar como você deve fazer: é só usar a
própria toalha e limpar apenas a parte de fora, na frente e atrás. Pode deixar
que o médico cuida da parte de dentro!
Praia e piscina são uma delícia, e mergulhar é
melhor ainda. Mas cuidado: tente não deixar entrar água no ouvido e seque-o
depois que sair, virando a cabeça de lado e fazendo uma leve pressão. Mas se
você é um grande mergulhador e não consegue ficar parado, peça a um adulto para
levá-lo ao médico; ele pode receitar um tampão feito sob medida para você.
Ouvido também "gasta", sabia? Se você não
cuidar bem do seu, pode ficar sem escutar direito... por isso, cuidado ao
ouvir música no walkman: o som muito alto faz mal aos delicados órgãos
auditivos, e pode até provocar dor de cabeça e zumbido no ouvido. O melhor
mesmo é evitar os fones, ou ouvir baixinho.
Se você já viajou para regiões de serra ou andou de
avião, deve ter tido a sensação de ficar "surdo", não é? Isto
acontece por causa da mudança de pressão do ar: Para não incomodar muito,
quando isto acontecer, você pode engolir saliva várias vezes, ou abrir bem a
boca. Em uma viagem longa, é legal chupar uma bala ou mascar chiclete. Não
estranhe se seu ouvido ficar "estalando"!
Poluição sonora
Dizemos que há poluição sonora quando os ruídos
incomodam por serem altos demais para o nosso sistema auditivo. A audição
humana, em níveis normais, capta sons a partir de 10 ou 15 decibéis. Até cerca
de 80 a 90 decibéis, os sons são inofensivos à audição humana. Acima dessa
medida, podem provocar dores de cabeça, irritabilidade e insônia e, sobretudo,
diminuição da capacidade auditiva.
Segundo a OMS, o “volume sonoro” nas cidades não deve
ultrapassar 70 decibéis, para evitar a poluição sonora.
Fonte: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sentido4.php
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